08 maio, 2008

Nome da música

"Você passou na minha vida
viveu, morreu na minha história
chego a ter medo do futuro
e da solidão que em minha porta bate"

Eu nunca aceitei a perspectiva de que "é impossível ser feliz sozinho". Obviamente em se tratando de um amor, não da necessidade do social inteiro. No entanto, não estou lidando, como eu gostaria, do "estar sozinho". Angustiante, não?
Me sinto como um adolescente. No limbo. O que eu sinto não é legítimo, é só uma fase, vai passar. Essas idéias vêm de mim. Já interiorizei as babaquices do preconceito.
Quem sou eu para julgar? Um ser idiotamente humano imerso numa sociedade mítica preconceituosa sem capacidade de discernimento. Sou mais um vendido para o capitalismo, que me compra com produtos salvadores (sim, um iPhone resolveria todos os meus problemas). Um pseudo intelectual que critica o famoso "sistema" achando que está fazendo seu papel e, com isso, se diferenciando do resto, recriando sua individualidade. Sou mais um aceitando a plena limitação física e cognitiva dessa espécie evoluída: os monkeys.
E hoje eu quis ler Sartre. Só que fiquei com o Varela.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu costumo pensar que não existe essa legitimidade. Nunca encontrei algo que nao fosse uma fase e que nao passasse...
E mesmo assim, nunca encontrei algo passageiro que nao fosse eterno.