12 abril, 2008

Beleza Americana, ou um suicídio por enforcamento.

Há tempos que quero escrever sobre esse filme, mas a oportunidade não apareceu. Até agora.
Minha vida está uma bosta. Voltei dos EUA e até hoje não consegui readaptar à ela. E acho que não vou conseguir nunca. Veja bem, Heráclito me acompanha. Aquela vida já não existe, aquele eu já não existe... Então, de acordo com a teoria da improbabilidade infinita, tudo deveria se encaixar, certo? Afinal (-)*(-)=(+). Fora isso, ou seja, mais um (-), ela me deixou no terceiro dia de retorno. E por mais que eu saiba que isso é dor de corno (ou orgulho ferido, como preferirem), vou falar: e eu ainda lhe dei um Ipod... Poderia ter ficado com ele até estabilizar a situação, mas não! Eu tinha que ser correto! Tinha que ter dado o presente deixando claro que "não importa se vamos ficar juntos, ou não. Eu comprei isso para você!".... Burro!! E irônico.
Estou aproveitando o estado alcoólico para passar pela verborréia. Sei que corro o risco de ela ler, mas não me importo. Não agora. Só não sei se é pelo álcool, ou pela determinação após o filme... Ah, é! O filme.
Bom, já ouvi críticas a este respeito e nunca as aceitei. Entendo que dizem que é só mais um filme burguês/norte- americano/culturalmente dominador, que é fictício, um clichê encoberto... que se danem!! Me gusta mucho la película. O caminho do Lester Burnam (?) é fenomenal, ou como ele mesmo diz, "SPECTACULAR"! Acho que foi por isso que foi excepcional vê-lo hoje. Por isso e pq eu disse a ela que "não quero a sua amizade" (Putz! Que idéia fixa! Estamos no filme! Mas é necessário entender algumas coisas no caminho... então continuo). Isso ocorreu após eu ter recebido um bilhete dizendo que ela havia sonhado "a noite inteira comigo", que não sabia sobre o que, mas sonhou.
Pensei um tanto sobre o bilhete para não tomar a decisão de cabeça quente, mas parece que quanto mais se matuta, mais a tète se acalienta. Sei que tomei a difícil decisão de não aceitar ser um mantedor dessa situação. Eu já sou bem grandinho para saber quando estão brincando comigo. Mesmo que não saibam que estão (essa foi a minha parte que acredita incondicionalmente nas pessoas), ou seja, mesmo quando são ignorantes (essa foi a parte criança que precisa dizer e precisar as palavras pesadas), eu ainda sei quando o momento chega. Qual momento? O momento que tentam me cozinhar em banho-maria, o que tentam "manter-gado" comigo, o que tentam me usar para massagear o próprio ego. Não interessa como quer chamar, o que não cabe mais é brincar comigo como eu já brinquei com outras pessoas. Sim, admito, eu já fiz isso. Quem não fez? Eu fiz e aprendi muito! Principalmente como identificar uma situação dessas. E agora vem você tentar esse truque velho comigo? Logo COMIGO? Pena que eu não entrei na jogada. Agora você não tem nem minha amizade... mesmo que aquela falsa que tentávamos construir.
Bom, ou mal, ou mau, sim, mau! Bom, o filme consegue construir em mim, por todos os seus efeitos cinematográficos (a cena do namoradinho filmando um pássaro morto, quando a câmera o pega na visão do pássaro, ele e o céu; ou a da porta vermelha na chuva; ou ainda a música dos momentos tesudos; ou quem sabe a fotografia dos últimos pensamentos), a vitória do Kevin Spacey sobre sua própria vida morta. O sair da rotina, o tentar de NOVO, a desconstrução da apatia, a saída daquele estado social vegetativo cíclico. Isso não te enche de energia? Pois me enche.
E é essa que eu vou usar para quando você vier me pedir de volta. É essa que eu estou usando para seguir em frente. É essa que eu estou deslocando para novos objetivos. Novas pessoas. Novos cabelos vermelhos.

Pois é... entornou.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sim!

Anônimo disse...

1- \o/ (yeeeeey)
2- se estive livre, msn!
3- ligue sua tv no AXN e assista o que ainda resta de Corra Lola Corra!