11 junho, 2008

Meu mundo conceitual

Lembrei agora de uma pergunta-afirmação que me foi posta há um tempo: "seu mundo é conceitual, não é?!" Veremos:

Estava eu em aula, a pensar em minhas idealizações, quando me puxei de volta à realidade. Neste momento eu entendi qual é o lugar da minha "possível loucura"...

(parênteses: você já pensou que ainda vai enlouquecer? Este é um tema recorrente na minha vida)

Essa idealização começa sem intenção, ela chega sorrateira e toma conta do pensamento. Neste ponto, a gente começa inconscientemente a imaginar o que quer, o que deseja. Acho que esse mundo confabulatório (neologismo?) é tão bom, tão perfeito, que quando nos puxamos de volta temos que sair à força da neblina inebriante da imaginação.
Eis que aqui, quando não conseguimos lidar com a realidade imperfeita, começamos a delirar para "ressignificá-la" (jargão psicológico que indica uma reestruturação do pensamento, como crenças irreais, para adequar a subjetividade individual à realidade).

A ressignificação é feita, acredito eu, baseada nas idealizações que já fizemos na vida. Ou seja, uma idealização antiga e, talvez, superada toma proporções incomensuráveis na reconstrução da realidade.


Humpf! Percebi (e consegui escrever sobre) isso hoje. Não perguntem o motivo, por favor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sei que, se eu ainda não ficar louca algum dia, eu devo ter uma vontade enorme que isso aconteça... eu saio correndo atrás de motivo para enlouquecer!
E eu sofro de idealização crônica.