17 junho, 2008

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É difícil o momento em que percebemos, através de outras coisas, que estamos destruindo o que mais prezamos.
Anteontem eu quebrei, por acidente, um cinzeiro de porcelana que havia no meu quarto. Tudo bem que ele era feinho, mas eu gostava dele, foi um presente. Hoje eu quebrei uma caneca de sopa enorme que eu usei para almoçar. Também de porcelana, também por acidente.
Penso se essas quebras são sinais me informando que eu estou destruindo algum relacionamento na minha vida, ou se são premonições ("você deve prestar atenção nos sinais", já dizia Devon Sawa em Premonição).
Como eu não acredito em destino (lá vamos nós denovo...), nem em coincidências, afirmar qualquer das opções acima é desperdício de saliva (de digital, more likely).
Penso que como a vida é frágil praticamente por definição (como eu disse aqui), esse quebra-quebra que eu tenho arrumado não passa de uma sequência, atualmente sem tremas, de acidentes e essa associação causal não passa de confbulação.
Fico com medo de serem, na verdade, profecias auto-realizadoras. Eu penso que o quebrar objetos tem a intenção de me dizer algo, logo, faço o que eu confabulei se tornar realidade.

Mas que eu previ, eu previ.

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