29 dezembro, 2008

Ê 2008...

Eu não sei o que deu na minha família neste ano, mas o povo resolveu morrer.

Meu avô materno morreu dia 6 de novembro.
Luto.
Meu avô paterno morreu hoje, 29 de dezembro.
Luto.

E o reveillon aí na esquina.
Bosta.

27 dezembro, 2008

rá!

Qual o limite da nossa humanidade?
Ou melhor, quais os limites da nossa humanidade??
Ou ainda melhor, o que é a humanidade que todos temos em nós?


Sair, encher a cara de cerveja, beck, vodka e conseguir finalmente ver o que só os alcoólatras vêem? Somos uma cambada de porcos, imundos, destruindo o que existe para reconstruir o novo? Precisamos sempre de um potenciante para nos dar uma visão mais abrangente do que somos... Nunca estamos satisfeitos com o que vemos, ouvimos ou sentimos. Precisamos de parâmetros, de limites, de controle. Somos tão destrutivos que não conseguimos controlar nossos impulsos se estivermos bêbados, altos, fumados, alterados. Sempre precisamos de algo para sustentar nossos seres medíocres! Não passamos de porcos procurando um prazer imediato. Um gozo de 30 minutos. O que nos interessa é só o nosso próprio umbigo. Queremos mais, sempre mais. Até vomitarmos toda a vodka, toda a cerveja, todo o tesão, toda a nossa individualidade na privada!

Não sabemos lidar com o limite, com os nosso desejos, com as estúpidas preocupações diárias. Um livro que nos mostra além é o suficiente para sustentar nossa humanidade. Uma música é o bastante para apaziguar nossa idiotice, a parte animal que carregamos. Precisamos de mais, muito mais! Queremos alguém que possa nos guiar sem medo, sem que precisemos nos preocupar, ou pensar! Queremos um sistema perfeito que nos carregue, nos leve além, transporte essa idiotice presente em idiotice e ponto. É foda ver essa idiotice! Mas a vemos e a ignoramos! Somo ignorantes conscientes! O que há pior que isto? Eu odeio ser humano com toda esta humanidade.


Pensando na Ruiva. Você consegue entender esta realidade?

14 outubro, 2008

Coisas inúteis de apartamento

Mudei de uma casa para um apartamento há pouco mais de 2 anos. Agora que estou acostumado é que comecei a me perguntar sobre algumas coisas inúteis que apartamentos têm.
Por exemplo, campainha. Que eu me lembre, NUNCA ouvi a minha própria campainha. Até eu pensar nisso... obviamente saí correndo até a porta e toquei a campainha. Vocês não sabem o que aconteceu! Gente, eu tenho uma campainha de dondoca!!! Que diz "ding dong", sabem?!?! Descoberta do século.
Outra coisa completamente inútil que existe em aps é a porcaria da área interna... Não bate sol, não pode colocar som, não adianta tentar fumar um beck lá que todo o prédio sabe que tem um maconheiro no lugar... Aí fica burburinho e sobra pra mim.
Ou seja, a outra coisa que não tem em apartamento é espaço, individualidade. Se o vizinho de cima quer fazer seu xixi da meia-noite, que convenhamos, todos temos direito, eu acordo! E fico ouvindo aquele barulho de "água" caindo na água e escorrendo pelo encanamento. Aí é foda, nos dias em que estou alto, que dá a impressão (ou a viagem errada) que o xixi está descendo exatamente ao lado da minha cama!!! Dá quase para sentir o cheiro dele saindo da parede...
Odeio apartamento..........

03 setembro, 2008

=SE(E(B1=1, A1=C1), ">1") e =SE(E(B1=1, C1=0), ">1")

Nota-se que são diferentes. Ou não? Se ainda não viu, os argumentos A1=C1 e C1=0 estão no mesmo lugar nas fórmulas e são os únicos que diferem. Mas infelizmente minha vida neste ponto é como a de um engenheiro: falsamente exata. Erre um sinal na conta e a ponte fica menor. No meu caso, a primeira fórmula compara A1 e C1, a segunda verifica se o valor de C1 é 0.
UMA droga de um argumento errado e tudo desmorona. A ponte cai, gente morre, o povo processa, o governo encobre e os familiares vão à terapia. Ou a esposa encrenca, o marido não entende, dá briga, facada, processo e terapia. UM puto de um argumento e o casamento acaba.
Por uma bosta de argumento agora estou em gravidade zero, mas sentindo toda a pressão do núcleo de Júpiter.
UM argumento...

18 agosto, 2008

Veja bem, meu bem

Tenho estado super estressado e sinto isso nos finais de semana. Não consigo descansar, dormir, spend time sozinho. Sempre estou pensando no que devo fazer, na faculdade, no trabalho. Principalmente no trabalho, o que me preocupa. Se a faculdade fosse o mais importante, eu ainda estaria feliz. Mas não é assim. "O trabalho enobrece o homem". Se for assim, eu quero morrer como o que se pensa de uma prostituta na cadeia.
Conversando com mamãe, ela me disse: "isso é a vida adulta". É quase esvaziar a discussão, mas devo dar um certo crédito à ela... afinal, ela já teve anos de práticas para me dizer isso.

12 agosto, 2008

Pois é...

Muito tempo sem te escrever. O intervalo vai aumentando e minha saudade diminuindo. de vez em quando dá um surto. Aí escrevo. Sou assim... classificador. Você sabe.

Mas vou bem, obrigado. Trabalho agora, sabe? Tenho novos grupos e amigos. Mantenho alguns velhos. Perdi outros. E a vida continua seguindo seu curso.

Como uma gota que sai da nuvem e cai na floresta Amazônica. Encontra a primeira folha da primeira seqüóia mais alta. Escorre pela folha enquanto outras gotas semelhantes, mas individualmente diferentes, se unem a você. E se vão, após você ter se perdido um pouco nelas.

E então mudamos de folha. Uma queda mínima, se comparada à queda nuvem-folha. Mas agora com muito mais carga de hidrogênio e oxigênio das outras gotas. E não nos esqueçamos que cada folha também faz evapotranspiração... mas isso é muito metafísico. Voltemos à realidade.

Após passar por incontáveis folhas e se perder em infinitas semelhantes, a seqüóia acaba. E vem outra queda. Para o extrato mediano da floresta. E daí para o extrato mais baixo. E para os arbustos. E para todas a matéria orgânica no chão. E o musgo. E as raízes e seus rizomas.

Eis que chega o fim e você se encontra com o que completa a ti e a todos: o lençol freático.

Mas como a vida, este ciclo não se fecha. alguns não o fazem. Por isso eu escrevo. E não ligo.

Foucault - um historiador do presente

"Oh...
French fries
with pepper"
Morphine

Procurando novas experiências, como Morphine coloca muito bem.
Mas ainda agarrado ao meu passado. Veja, eu usei a ligação AO, e não NO.
Algo aconteceu. Hoje consigo usar meu passado em meu benefício. Ontem eu não conseguia nem lembrar o que comi no café... Tá, hoje eu também não consigo, mas o ontem hoje não significa um café. Significa mais. E não sou eu que controlo essa perspectiva. Ela só vem.

E o que Foucault tem a ver com isso?
Nada. Não foi ele que colocou tão belamente o poder classificatório do social, não é? Nem foi ele o cara que escreveu do próprio presente com um viés externo. E não é nele que me inspiro agora.

24 julho, 2008

News

Queridos telespectadores, desculpe-nos por esta "pequena" interrupção no sinal. Tivemos um problema técnico com nosso criador, ele estava fazendo um curso para ser professor de inglês. Graças ao senhor dos senhores, ao dominador de tudo e de todos, a nossa querida quarta dimensão, O TEMPO, o curso acabou. A má notícia para nós, tanto vocês, queridos espectorantes (ahah), e para mim também (claro!), é que ele conseguiu o emprego.

Parabéns a você...

E ainda por cima conseguiu trespassar todos os limites que o seguram e deixar pessoas entrarem em sua vida!

O que ocorre por aqui, gente? Será que ele precisa ser internado? Bom, a boa notícia é que ele está de volta. E aqui vem ele...

--------------------

Empregado, monitorando e estudando. Vamos dar um pau no corpo. Ele vai ter que aguentar... ou eu fico de cama! Mas como sou duro na queda p essas futilidades, vou começar a escrever (dentro em breve) sobre o quanto estou cansado, de saco cheio, estressado, me sentindo péssimo, com uma péssima auto estima e querendo um(a) namorado(a). Ou seja, vou continuar o mesmo resmungão de sempre. Mas pretendo mudar a cara desse blog. Acho que vou seguir um conselho que me foi dado há um tempo e começar a escrever como eu me espresso (não gente, não é o café!).

08 julho, 2008

MPB4 e Roberta Sá

Cicatrizes
MPB4

Composição: Miltinho / Paulo Cesar Pinheiro


Amor que nunca cicatriza
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou.

Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor.

Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural.

Uma
Qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem mais que também não faça mal.

Meu coração precisa...

22 junho, 2008

Meme

Explicação: X. (Citado no Porco)

Então vamos às cinco:

1) Gente que conversa encostando.
Precisa? Se a pessoa não tem a competência de prender a minha atenção com um assunto, com um sorriso, com um bom papo, NÃO ME TOQUE! Simplesmente tenha um pouco de desprendimento e me deixe ir embora. Eu não sou maçaneta para ficarem pegando.

2) Pessoas que explicam até piada.
Sabe aquele tipo de pessoa que é professor nato? "O gato subiu no muro para pegar um passarinho. Porque vocês sabem, não? Que os gatos comem passarinhos e eles são ótimos escaladores. Porque eles tem as garras retráteis (ou seja, que ficam embutidas - escondidas - e só são expostas quando ele, o gato, quer, ou precisa) muito bem desenvolvidas e fortes. Bom, voltando à piada, ele subiu..." Deu p ter uma idéia da irritação, né!?

3)Pessoas que não tem o mínimo de dadaísmo na mente.
Gente, sou ateu, mas para essas pessoas eu peço ajuda a Deus! Como se consegue viver sem fazer uma coisa "avulsa", como diria a Ruiva, de vez em quando? Isso é inaceitável! Acho que demonstra o quão narrow-minded a pessoa é. Tem que conhecer as coisas, gente. "Ignorância é culpa", de acordo com a Jana. Além disso, temos que usar esses conhecimentos históricos adaptando-os à nossa realidade, exatamente para fazê-la um pouco mais irreal! Ou surreal (eu prefiro).

4) Gente que não escuta.
Você comenta uma coisa e a pessoa te interrompe. Você vai fazer uma colocação importante (pelo menos que você acha que pode ter uma boa relação com o que ouviu) e a pessoa continua falando como se não tivesse ouvido. Acho que no fundo, eu odeio ser ignorado. Dá uma idéia de egocentrismo da parte dos outros, como se o que tivéssemos a falar fosse supérfluo. Ou então, em uma aula. O professor fala "então o X é igual a 15" e o desgraçado me solta a pergunta: "então o X é igual a 15, professor?" Muito pavio curto com esse tipo de pessoa. "Não, porra! O X é igual ao tamanho da sua língua!"

5) Odeio regras que não podem ser quebradas.
Quem inventou a regra? Nós! Então, dependendo do caso podemos quebrá-la. Isso está intrínseco na liberdade humana. Eu criei a regra/lei/modo de seguir em grupo para nortear e não para ser fixa, rígida, inquebrável. Ela tem que estar lá, mas a partir do ponto em que eu não vou atrapalhar o andamento geral das coisas, não vou causar um acidente, ou entrar no espaço alheio, eu posso dobrar a regra porque tenho liberdade para tal. Bem ideológico, não?

Só para continuar com o meme, gostaria que a Tia Poh respondesse a isso. Tanto porque acho que ninguém mais lê isso... ehehheh

Novo visual




Como diria o Gordo: "jornalista!"

http://xkcd.com/435/

20 junho, 2008

Ah Cássia

Todo amor que houver nessa vida
pela Cássia, de Cazuza (ou Barão)

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

Que ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio pra dar alegria



E tenho dito.

18 junho, 2008

Suspiro

Eu precisava disso.
A vida já estava me levando denovo. Gosto do controle. Do meu controle. Sobre me levar.
Minha vida.

"Não por acaso" é mais uma superprodução brasileira que conta com um único elemento: poesia.

Duas pessoas. Um amor.
Três pessoas. Um outro amor.
Um acidente.

Uma das duas primeiras. Uma nova. Uma novidade.
Uma das três segundas. Uma nova. Uma virada.

A primeira pessoa ajuda a segunda.
Sem saber sem intenção.

Nem o acaso previu isso.
Poético.

Tudo se encaixa no filme. Veja-o.

Só deixo minha alma no coração de quem pode
Katia B

Só deixo meu coração
Na mão de quem pode
Fazer da minha alma
Suporte pr’uma vida insinuante

Insinuante
Anti-tudo que não possa ser
Bossa-nova hardcore
Bossa-nova nota dez

Quero dizer
Eu tô pra tudo nesse mundo
Então
Só vou deixar meu coração
A alma do meu corpo
Na mão de quem pode

Na mão de quem pode e absorve
Todo céu
Qualquer inferno

Inspiração
De mutação
Da vagabunda intenção
De se jogar na dança absoluta
Da matança do que é tédio

Conformismo
Aceitação
Do fico aqui
Vou te levando
Nessa dança
Submundo pode tudo do amor (pode tudo do amor)

Porque não quero teu ciúme que é o cúmulo
Ciúme é acúmulo de dúvida, incerteza
De si mesmo
Projetado
Assim jogado
Como lama anti-erótica
Na cara do desejo mais
Intenso de ficar com a pessoa
E eu não tô à toa
Eu sou muito boa

Eu sou muito boa pra vida
Eu sou a vida oferecida como dança
E não quero te dar gelo
Jealous guy

Vê se aprende
Se desprende
Vem pra mim que sou esfinge do amor
Te sussurrando
Decifra-me (decifra-me)

Só deixo minha alma
Só deixo o coração
Só deixo minha alma
Na mão de quem pode

Só deixo minha alma
Só deixo meu coração
Na mão de quem ama solto

Eu vou dizendo
Que só deixo minha alma
Só deixo meu coracão
Na mão de quem pode
Fazer dele erótico suporte
Pra tudo que é ótimo fator vital

17 junho, 2008

Post 66 + 1

É difícil o momento em que percebemos, através de outras coisas, que estamos destruindo o que mais prezamos.
Anteontem eu quebrei, por acidente, um cinzeiro de porcelana que havia no meu quarto. Tudo bem que ele era feinho, mas eu gostava dele, foi um presente. Hoje eu quebrei uma caneca de sopa enorme que eu usei para almoçar. Também de porcelana, também por acidente.
Penso se essas quebras são sinais me informando que eu estou destruindo algum relacionamento na minha vida, ou se são premonições ("você deve prestar atenção nos sinais", já dizia Devon Sawa em Premonição).
Como eu não acredito em destino (lá vamos nós denovo...), nem em coincidências, afirmar qualquer das opções acima é desperdício de saliva (de digital, more likely).
Penso que como a vida é frágil praticamente por definição (como eu disse aqui), esse quebra-quebra que eu tenho arrumado não passa de uma sequência, atualmente sem tremas, de acidentes e essa associação causal não passa de confbulação.
Fico com medo de serem, na verdade, profecias auto-realizadoras. Eu penso que o quebrar objetos tem a intenção de me dizer algo, logo, faço o que eu confabulei se tornar realidade.

Mas que eu previ, eu previ.

14 junho, 2008

sinta

The Good, the Bad and the Queen - Green Fields.

Imagine-se em pé, entre os batentes da porta do quarto dele. Cinco e meia da tarde, pôr-do-sol.

Você com um vestido vermelho leve, o decote em vê mostrando um pouco mais que o suficiente, uma sandália branca linda e cabelo preso em coque. Ele de calça social preta, sapato preto de ponta fina, blusa social meio aberta mostrando a branca debaixo. Mangas arregaçadas e barba por fazer.
Ele te olha da cadeira onde está. Com o olhar, te transporta para o mundo dele. Você com o seu, o traz ao seu desejo. Quem faz o primeiro movimento?

Ele se desencosta da cadeira e anda em sua direção. Se posta bem na sua frente e mesmo sentindo o calor de seus corpos, você diz: mais perto.

Ou você retira o braço do batente e o seduz com o andar. Coloca a perna na cadeira que ele está sentado mostrando-o sua linda perna pelo corte do vestido.

Ele, então, encosta em você. As bocas a dois centímetros de distância. Suas mãos deslizam nas costas dele suavemente até a cintura. Dão a volta e soltam o cinto no chão.

Ou você ganha um beijo no interior da coxa direita. A retira em seguida sentando em seu colo e, enquanto desce, esbarra o vestido na barba dele, dando-o todo o movimento que ele merece.

Ele põe as mãos nas suas costas, sente que estão separados apenas pelo vestido, desdá o nó nas suas costas e te puxa pela cintura.

...

Independente de quem fez o primeiro movimento, os outros serão feitos em unicidade. O beijo vem devagar. Os lábios se encontram provocativamente. Os dentes à mostra e o sorriso querendo.

O encontro não podia ser mais suave. Como seu vestido.

round, and round, and round, and...


Pensei em escrever um post romântico.
Para isso preciso de uma música gostosa. Digamos Velvet Underground.
Preciso de uma climatização. Meia-luz, ou somente a luz alaranjada do poste entrando pela janela.
Preciso de um motivo. Talvez um amor por vir? Ou uma conquista, sim, uma conquista.

Essa eu vou ficar devendo...

Quebrando preconceitos III

Muito Gelo e Dois Dedos D'água. É o cinema brasileiro me surpreendendo.

Como tenho conhecido muita coisa ultimamente, não sei se estou aberto a todo tipo de experiência (apesar da prática provar que sim), ou se estou melhorando meu crivo (espero que sim). De uma forma ou de outra, os filmes brasileiros estão me encantando.

Primeiro foi O Cheiro do Ralo, agora foi uma mistura de psicodelismo/1970/Beatles, com muita música brasileira num filme que não foi arrebatador, ou que não preencheu o vazio humano. Não fez pensar em teorias, em dramas, em desgraças... talvez um pouco em tortura psicológica. Não retrata a realidade brasileira, a guerra dos EUA/Iraque, a matança indiscriminada de bois, ou uma menina que despiroca e vai experimentar a vida. Nada. Não retrata.

O filme é um sonho. Uma graça.

11 junho, 2008

O Amigo Oculto (Hide and Seek)

Acabei de escrever isso abaixo e resolvi ver um filme da coleção que estou fazendo.
Entro na página do link do título desse post e mando baixar o filme. Aleatoriamente, na maioria das vezes. Esse filme eu resolvi pegar porque achei o título interessante.

Você acredita em destino? Nem eu. E você acredita em coincidência? Nem eu. Posso dizer que sou um paradoxo ambulante. Ou simplesmente humano.

Bom, leia a sinopse do filme clicando no título acima, veja o filme e releia o que eu escrevi abaixo. Nunca me senti tão psicanaliticamente correto.

Meu mundo conceitual

Lembrei agora de uma pergunta-afirmação que me foi posta há um tempo: "seu mundo é conceitual, não é?!" Veremos:

Estava eu em aula, a pensar em minhas idealizações, quando me puxei de volta à realidade. Neste momento eu entendi qual é o lugar da minha "possível loucura"...

(parênteses: você já pensou que ainda vai enlouquecer? Este é um tema recorrente na minha vida)

Essa idealização começa sem intenção, ela chega sorrateira e toma conta do pensamento. Neste ponto, a gente começa inconscientemente a imaginar o que quer, o que deseja. Acho que esse mundo confabulatório (neologismo?) é tão bom, tão perfeito, que quando nos puxamos de volta temos que sair à força da neblina inebriante da imaginação.
Eis que aqui, quando não conseguimos lidar com a realidade imperfeita, começamos a delirar para "ressignificá-la" (jargão psicológico que indica uma reestruturação do pensamento, como crenças irreais, para adequar a subjetividade individual à realidade).

A ressignificação é feita, acredito eu, baseada nas idealizações que já fizemos na vida. Ou seja, uma idealização antiga e, talvez, superada toma proporções incomensuráveis na reconstrução da realidade.


Humpf! Percebi (e consegui escrever sobre) isso hoje. Não perguntem o motivo, por favor.

10 junho, 2008

Mais um interessante




Me sinto assim.

Valeu ter ligado.

09 junho, 2008

Quebrando preconceitos II

Eu gosto muito de música.
Mas muito mesmo!

E eu gosto de alternar os timbres, os estilos, os ritmos.
Placebo, Alanis, Amélie les Crayons, Architecture in Hellsink, She Wants Revenge, Metric, Ok Go, Sonic Youth, Toquinho e Vinicius, Chico, Zeca Baleiro...

Eis que outro dia fui na casa do meu primo e peguei emprestado o show da Ana Carolina e Seu Jorge. Fiquei estupefato com a qualidade do som.
Já os conheço de longa data, mas o preconceito com a Ana Carolina não me deixava ouvi-la. Nem sei dizer o motivo correto, mas tem a ver com moda. "Está na moda a gente escuta", já dizia um amigo porco meu. Ou "Dizem que não há nada que você não se acostume / Cala a boca e aumenta o volume então", de acordo com o Titãs.

O negócio é que ouvi/vi(vivi) o show e embasbaquei (não há melhor palavra agora) com a potência do som. O timbre dos dois encaixou, as brincadeiras com os pandeiros combinaram e a maioria das letras é muito boa e putaquepariu! na Ana cantando o grave e tocando contrabaixo e o Jorge fazendo o agudo e tocando violão. E na inversão em seguida, o Seu no contra e a Carolina no violão com os timbres trocados.

Olha o naipe do cara! Olha que introdução! E, convenhamos, Farofa Carioca "regras".
http://www.youtube.com/watch?v=c3SUok7SC7U

Agora entra no clima surreal da razão:
http://www.youtube.com/watch?v=_fmwClzc1ng&feature=related

Valeu ter me dado a possibilidade.
E as outras também.

citação:

"Nossa vida é, em grande parte, um grande rosário de perdas"
Eduardo Gontijo

?????

De onde vim?
Onde estou?
Prá onde vou?

Quem sou eu?

Com o que trabalharei?
Quero dar aula?
Ser professor, ou educador?
Quero ser psicólogo?

Quero namorar?
Casar?
Ter filhos?

E depois?
Há do que duvidar?

Formação

Que tipo de formação estou tendo no curso de psicologia?
E qual tipo de formação que a psicologia oferece?

E o que tenho feito para mesclar os dois?

25 maio, 2008

Sou assim...

...infelizmente.




Está chegando a hora de mudar. Vejo-a lá na frente.

Domingo

Como eu já disse, domingo é um dia ótimo... (veja aqui)
Eu queria sair. Mas tive um ataque da preguiça fundamental. Quase uma narcolepsia, mas que não me faz dormir. Só não sair de casa.
É tão contraditório quanto as minhas idéias de vontade e desejo. Eu tenho o desejo de sair, mas não tive vontade de concretizar o ato. É mais ou menos quando estou em dias depressivos. Desejo me matar, mas não quero morrer...

Hoje eu desejei viver.
E fiquei em casa vendo filmes.

Foi uma salada aleatoriamente perfeita.
Primeiro vi Cassandra's Dream. Um filme com um enredo interessante e crítico, mas eu não estava tão envolvido no filme para... bom, redundantemente, ser envolvido no enredo.
Depois vi Once. Um filme meigo, fofo, com gosto de "ah não! Por que não deu certo??". Dá vontade de ser melhor, de ler mais, conhecer mais, sair mais, me entregar, viver.
Em seguida, vi um filmezinho que eu já esperava ser ruim. Flawless é mesmo um filmezinho mediano fim de tarde de domingo, mas que encaixou perfeitamente na fofura pós Once. Se eu rivesse visto, por exemplo, Across the Universe depois do Once, eu entrava em depressão.
E por último, vi O Cheiro do Ralo. Um filme brilhantemente brasileiro. Com uma qualidade extremamente superior ao que se passa no cinema. Talvez Estômago consiga segurar a onda, mas ainda não o vi.

E o domingo se provou ótimo. Longe da faculdade, da psicologia, dos problemas, das pessoas, do mundo (post abaixo).

Papeemos

Parabéns a vocês, aniversariantes deste dia. Apesar de eu não conhecer nenhum...
Estive pensando em começar a organizar um natal e um reveillon dadaistas. Se temos finais de semana para fingirmos que a vida não é contínua, se temos feriados (infelizmente) para fingirmos que a vida não é massacrante, se temos páscoa, natal, carnaval, dia das crianças, independência e todos os outros milhares de feriados no ano, por que não retirá-los do contexto? Faz muito sentido para mim.
É o mesmo raciocínio de darmos presentes só em "datas especiais". Por que não presenteamos sem nenhuma necessidade?
Se temos a academia estraçalhando as áreas de estudo, cada vez mais específicas, inclusive com uma ajudinha do governo e seu Reuni, por que não estudamos de tudo? Eu gosto de física, química e matemática. Gosto de filosofia, antropologia e direito. Gosto de artes, músicas e dadaísmos diários.
Inclusive, estava conversando com amigos ontem e foi dito que a FAFICH está decaindo muito nos movimentos desorganizados. Se bem que temos aquele maravilhoso movimento estudantil... Mas eu me referia a movimentos desencabeçados. Movimentos que não precisam de uma ordem porque não querem chegar a nada útil.
Discutamos "útil". É inútil. E daí?
O que eu chamo de útil, é academicamente útil. Não penso em criar nada que terá a forma ABNT, nada que tenha estatísticas, nada que gere algum conhecimento objetivo.
A Objetividade é muito inútil no que estou pensando. Não quero levar ninguém a nada. Nem se eu quisesse. Mas a idéia de espalhar cartazes com conhecimentos aleatórios na FAFICH é tesante.
Óbvio que isso tem uma utilidade. Trazer as loucuras para os estudantes. Uma risada me serve. Um segundo, parado, lendo, pensando, me sustenta. Ou se sustenta por si só. Fazer um movimento circular. Trazer a imaginação e a criação à tona denovo.
Nos esquecermos da rotina por um momento.

Esquecer da rotina.

Um momento.

Num campo verde, sob um juazeiro...
Um olhar mental eterno. Nunca aconteceu.

A utilidade do que eu coloquei é como este olhar. Ele nunca aconteceu de verdade. No nosso mundo físico e medíocre. Mas aconteceu num mundo muito melhor, o nosso mundo particular. O eterno, romântico, imaginativo, desorganizado mundo individual.
A dois.

21 maio, 2008

influências quotidianas

em primeiro lugar: eu adoro a palavra quotidiana.
em segundo lugar, eu te vejo SEMPRE mudando.
em terceiro lugar, eu queria dizer que te amo, te ganhar ou perder, sem engano. mas não consigo. desculpe-me.
e adeus.






> Após ver "Minha vida sem mim" e ouvindo "Crazy for you", da Adele.

20 maio, 2008

Eu tava só, sozinho

"Mais solitário que um paulistano,
que um vilão de filme mexicano"

É o Zeca prevendo meu futuro presente.

Esse negócio de ficar sozinho é uma bosta.
Por que eu quero namorar (calma, não vai ser como o post abaixo)?
Porque eu gosto da companhia. Gosto de contar com alguém que pode me criticar sem medo. Gosto da cumplicidade entre nós dois.
Porque quando acontece algo interessante comigo, gosto de contar para aquela pessoa específica, ao invés de sair contando para todos os amigos. Acho que, neste ponto, um(a) namorado(a) vale mais que dez amigos. Quando conto para um amigo, não dá a mesma sensação de preocupação, de carinho. Falando assim, parece que eu só quero um confidente. Vai procurar um padre, ou um psicólogo, então!
A não ser pela pequena diferença que um namorado se preocupa com você. O padre só te ouve e manda rezar. O psicólogo proporciona discussões internas que auxiliam nos entraves da vida. Mas eles não estão lá. São mundos à parte o confessionário e o consultório.
Quero namorar para me confundir com este outro. Para dividir as fotos diárias. Para ser acalmado só de ver a pessoa. Para aprender com as diferenças entre nós. Para ser uma pessoa melhor, por que não? Para aumentar o prazer do caminhar. Pelo sexo.
Ah, o sexo! Pernas lutando, unhas funcionando, cheiros se desencontrando, cabelos se revoltando e o beijo unindo. Luzes variadas, músicas alternadas (várias e várias vezes). Paredes, colchões, pias e mesas diferentes. E aquela pessoa, um amor.
Me perguntaram se eu não gosto mais da relação do que do outro. Considerando que o outro é sempre "o mesmo", digo, é sempre a pessoa do meu desejo E QUE a relação é baseada num certo esforço para dar certo, talvez eu goste mais do outro que da relação. (Um parêntesis: ainda quero achar uma relação que não envolva esforço depois de um tempo.)
Mas agora eu quero a relação porque não "tenho" o outro. E, se eu "tiver" a relação, o outro estará lá. A não ser que seja uma relação platônica, mas eu não monto essas relações como as principais, só como brinquedo temporário, como flerte, como o início, ou como um fim.

19 maio, 2008

Por que eu ainda não quero namorar?

Primeiro porque "I rather dance with you then talk with you" (Kings of Convenience);
E porque "I Don't Want To Fall In Love" (She Wants Revenge);
Segundo, porque "Cantinho" (Ana Carolina);
Mas isso me faz ver o porquê estou "Lonely lonely" (Feist);
Disso entendo o porquê de "While my guitar gently weeps" (Beatles);
E então porque "I'm so lonesome I could cry" (Elvis Presley);

Então nos conhecemos e "I wanna be taken" (The Raveonettes);
E porque você é a "Nicest thing" (Kate Nash);
O que me da o porquê "Kiss me" (Sixpence Non the Richer).
E eu namoro.

Aí, temos um "Instante de dois" (Cibelle);
Porque "It's good to be in love" (Frou Frou);
E porque sou "Exagerado" (Cazuza),
procuro minha "Dear Prudence" no porquê dela (Beatles);
O que me dá a impressão de que "You don't care about us" (Placebo);
E me perco no porquê de "Thank you" (Dido);
Que me dói porque "Babe I'm gonna leave you" (Led Zeppelin);
Ou melhor, "Got 2 leave u" (The Knife);
Isso porque "Broken Promises For Broken Hearts", porque "Someone must get hurt" diz você (She Wants Revenge x 2);
E caio no porque de "Debaixo d'água" (Arnaldo Antunes).

E fico "Scared of girls" com este porque (Placebo);
E passo a pensar no "Evil dildo" como salvação do porque (Placebo);
E quero testar o porquê do meu "Taste in men" (Placebo);
Mas percebo que isso é porque "Without you I'm nothing" (Placebo);
Então, sou obrigado a procurar os porquês em "Meds" (Placebo);
Isso "Because I want you" (Placebo),
mas não te terei porque me sinto "Pierrot, the Clown" (Placebo).

Então começo a "Wandering stars" (Portishead);
Fico "Numb" (Pet Shop Boys);
Ela vai para o "Pedestal" (Portishead)
e eu "Canto para minha morte" (Raul Seixas);
Rezo para encontrar "How to be dead" (Snow Patrol);
Mas vou ao fundo e vejo que "It's beginning to get to me" (Snow Patrol)
e tento "Make this go on forever" (Snow Patrol).

Mas quando acho que estou "100%" (Sonic Youth);
Uso "Heroin" (Velvet Underground) e fico "Maluco beleza" (Raul Seixas);
Ou, como diriam os outros: "Drunken Butterfly" (Sonic Youth);
Isso porque eu "Thought you would" (Sweet Irene);
Mas não! Então tenho que "Leave it behind" (The Offspring);
E volto a procurar o "Meaning of Life" (The Offspring);
Finalmente acho minha "Self steem" (The Offspring) e me estabilizo.

Aí você pensa que "Chega de saudade" (Toquinho e Vinicius)
e vem toda "Let's dance" (David Bowie);
Mas "I'm coming out" (Dianna Ross);
Procuro "New sensation" (INXS);
Penso "Que pena" (Jorge Benjor),
mas "Preciso me encontrar" (Cartola).

Vendo dessa forma, alguém quer MESMO namorar?

15 maio, 2008

Nada como reconhecer um erro

Tenho um grupo de amigos(?) no yahoo. Temos uma história comprida e complicada. Intruncada, eu arrisco.
Um desses dias, após o jogo de futebol do Atlético e do Cruzeiro, um amigo bissexual atleticano mandou uma piada de cunho homossexual à respeito dos cruzeirenses. Eu demonstrei minha indignação pela piada dizendo que não concordo com essa perpetuação de estereótipos. "Se fosse só pelos times, foda-se". Mas não era.
Então recebi vários e-mails dos outros amigos(?) falando que esse falso moralismo que demonstrei, junto com outras expressões politicamente corretas (no geral), são hipócritas e só cobrem a realidade com eufemismos e não fazem nada para mudá-las. Isso me deixou bastante frustrado e muito puto.
Mandar o e-mail demonstrando minha indignação já é algo feito para mudar! Mandei porque eu não concordo com piadas desta natureza uma vez que, ao meu ver, essa é a maneira mais eficiente de se perpetuar estereótipos (não é gay, é viado; não é negro/preto, é negão/neguinho; não é louco/mentalmente desestruturado, é maluco/doido). São emparelhados estímulos agradáveis, como o riso e o prazer sádico de falar mal dos outros, com expressões que denigrem outrem. Obviamente o resultado é essa sociedade maravilhosa em que vivemos.
Quando criticam uma pessoa preta por um serviço mal feito, nunca se diz que ela é incompetente. Se diz: olha lá! TINHA que ser preto! Quando criticam um gay por beijar em locais públicos, não é porque vai contra os "MEUS" costumes e valores. Se diz: esses gays filhos de putas! Tem que gostar de levar na bunda, mesmo! Quando alguém usa justificativas baseadas em divindades para acabar um argumento, não se diz que ela não consegue utilizar os mesmos argumentos usados pelo seu interlocutor. Se diz: crente é foda! Quando um ateu faz algo moralmente errado, não se pensa no por quê. Se diz: ateus têm que morrer! Esses descrentes.
Gente, ninguém percebe essas coisas? Ninguém percebe que a porra da perpetuação acontece porque NÓS usamos essas expressões? Porque NÓS continuamos ensinando nossos filhos com esses execráveis exemplos? Puta que pariu! E ainda se dizem não preconceituosos!!
Mas o meu erro foi me meter em algo que eu não conheço. Futebol. Aparentemente, quem gosta do jogo tem um círculo social onde idiotices como preconceito não alcançam. Eles estão numa esfera de companheirismo e compreensão que não perpassa pelos conceitos utilizados para definir essas desgraças passadas hereditariamente. Na verdade, meu erro foi ter aprendido a nossa fala. Sem ela eu poderia viver sem me sentir impelido a me intrometer por me sentir ofendido quando uma pessoa que tem uma opção sexual diferente da esperada por essa entidade social autoritária é chamada de "viado filho da puta".
Vão tomar nos seus cus!

14 maio, 2008

limites da amizade

Não acho que vou escrever sobre os limites da amizade, mas quero escrever sobre ela.
Tenho um amigo-irmão. Para quem não tem um, é um amigo que passa dos limites da amizade e, mesmo quando te magoa, sempre encontra perdão no final. Ele estava aqui há minutos e resolvi escrever sobre uma parte do encontro.
Estou tentando organizar uma viagem à casa do meu pai com meus amigos. Primeiro porque quero que eles conheçam este meu espaço (o que é uma coisa difícil de se alcançar), segundo porque quero proporcionar mais este laço entre nós e terceiro porque o ambiente é simplesmente ducaralho! Daí que um amigo meu, que já conhece o lugar (ou seja, um AMIGO meu), me fez a proposta de filmar uma conversa nossa sobre uma das convidadas para mostrar à ela. Não sei bem qual as intenções dele, ou finjo não saber, mas topei. Gravamos uma conversa sobre milhares de coisas, entre elas, a moça.
A importância do vídeo está na parte em que eu quero dizer algo à ela, mas não sei o que é. Tento, então, dizer por vídeo. Obviamente não consegui, afinal, eu ainda não sei o que é.

13 maio, 2008

Um dia daqueles

Até parece nome de filme ruim. Mas não tem nada a ver. Só o dia de ontem que foi estranho, mesmo.
Estava tudo normal. Na verdade, estava melhor que o normal. Eu acabei de ler A Menina Que Roubava Livros (Markus Zusak), então o dia não podia estar melhor (um dia eu explico o porquê, mas por hora saibam que não é só pelo livro). Cheguei para a aula prática de psicopatologia geral II (chique, hein!?), que, by the way, é a única parte que presta, e entrevistamos uma pessoa com o diagnóstico dúbio entre neurose e psicose (esquizofrenia megalomânica). Deixando a hipótese da neurose de lado, já que é menos fundamentada, ficamos com a psicose. Ela se dizia Nossa Senhora encarnada na Joana (fictício) desde os 16 anos. Ela tinha 25.000 anos e transou com Jesus Cristo. Além disso, ela falava manso, devagar, como uma santa, mas que pode ser por causa dos remédios que toma no hospital.
Se juntarmos tudo isso, ficamos lentos, desencaixados do dia. Explico. Quando saímos da entrevista o dia já não fazia o mesmo sentido que fazia antes. Ele estava com um significado diferente. Algo próximo de uma poesia de Arnaldo Antunes. Parecia que houve uma quebra no significado do mundo. Um degrau a menos na escada de sentido. Algo mais lento e difícil de entender.
Foi aí que conversei com um professor e ele me contou que dois psicanalistas ex-professores dele disseram que "este momento pós-entrevista é que você percebe como foi a entrevista". É aí que sentimos em nós o quanto a paciente evoluiu e sua (e a sua também) compreensão mudou.
Ele explicou que durante e entrevista temos que adequar o nosso responder ao da paciente e, com isso, passamos a ter uma melhor compreensão da história dela. Em termos humanistas, empatia. Em termos psicanalíticos, transferência. Em termos comportamentais, adequação do responder.
Nos meus termos, a psicologia te abre portas que não se fecham. Às vezes tenho medo de entrar nessa e não voltar, enlouquecer. Mas isso não seria algo tão brutal quanto a palavra "enlouquecer" proporciona. É só uma mudança de visão. Às vezes, numa sociedade futura, após a queda do capitalismo cientificista por exemplo, podemos ter a liberdade de ter visões diferenciadas. Uai, então somos presos à essa realidade que não construimos? De acordo com novos paradigmas cognitivos, nós mais construimos nossa realidade do que a recebemos do mundo. Portanto, eu tenho uma certa liberdade de ter a visão que eu quiser. Mas então, por que eu seria excluído da sociedade se eu a tiver? E isso vindo de quem é a favor de instituições manicomiais...

Começo a acreditar que tenho liberdade de pensamento. O que faço com ela? Por enquanto, tenho insônias:

10 maio, 2008

E o vício continua



Eu disse que ele é bom.

http://xkcd.com/338/

Um post com cara de comment.
Esse cara tem a manha demais! Essa tira exemplifica como eu me sinto no pretensioso início de um interesse.

Férias da reclamação

Diet coke + Mentos


http://xkcd.com/346/


> Ouvindo Frou Frou - Psychobabble. Escute isso Tia Pó.

08 maio, 2008

Nome da música

"Você passou na minha vida
viveu, morreu na minha história
chego a ter medo do futuro
e da solidão que em minha porta bate"

Eu nunca aceitei a perspectiva de que "é impossível ser feliz sozinho". Obviamente em se tratando de um amor, não da necessidade do social inteiro. No entanto, não estou lidando, como eu gostaria, do "estar sozinho". Angustiante, não?
Me sinto como um adolescente. No limbo. O que eu sinto não é legítimo, é só uma fase, vai passar. Essas idéias vêm de mim. Já interiorizei as babaquices do preconceito.
Quem sou eu para julgar? Um ser idiotamente humano imerso numa sociedade mítica preconceituosa sem capacidade de discernimento. Sou mais um vendido para o capitalismo, que me compra com produtos salvadores (sim, um iPhone resolveria todos os meus problemas). Um pseudo intelectual que critica o famoso "sistema" achando que está fazendo seu papel e, com isso, se diferenciando do resto, recriando sua individualidade. Sou mais um aceitando a plena limitação física e cognitiva dessa espécie evoluída: os monkeys.
E hoje eu quis ler Sartre. Só que fiquei com o Varela.

Olhos nos olhos

Uma música de alguém que ainda sofre por um amor há muito perdido. "Passo bem demais". Até parece... Mas se não fosse, o que seria o discurso "correto" de alguém que não quer mais, de alguém que não se importa? Seria agir com descaso? Ou ignorando o outro? Bom, aí não é mais olhos nos olhos. Se bem que eu acho que isso, que a música se chama assim, só pelo gosto de ver no outro a sua dor. Devo dizer que este não é um sentimento puramente feminino. Chico não é tão visionário* assim.

*Visionário = aquele que tem visão.

Hoje

Hoje eu não consigo me concentrar em aula, em leitura.
Hoje eu quero ver um filme europeu. De preferência inglês.
Hoje eu quero sair da minha vida. Quero férias dessa situação.
Hoje eu quero voltar para os Estados Unidos. Viltar a viver aquela não vida.
Estou sério. Não quero conversar. Não quero ficar sozinho. Não quero pensar. Também, nem se eu quizesse.
Hoje eu matei as aulas da manhã. Estou cansado de lutar contra a tristeza dessa coisa que denominamos rotina.
Hoje eu quero ficar triste. E que se danem os produtos que o capital me empurra. Que se dane essa felicidade de bases falsas. Não a quero.
Hoje eu quero uma vida com sentido. Penso, portanto, no passado e no futuro. O presente é só uma ligação.
Preciso de um café...

05 maio, 2008

À Nathália (nome fictício?)

pintei um quadro
com apenas um pincel e uma cor
pintei um quadro
para uma interlocutora
pintei um quadro

você vê o quadro
o admira
o sente
o escuta
você lê o quadro

um quadro feito com palavras


> ouvindo Metric - Hardwire (<--)

Reordenando

Falando abertamente,

(...)

Leve (<--).

01 maio, 2008

Rio

Todo mundo um dia ouve "Fez-se mar" e chora. E todo mundo um dia ouve "Fez-se mar" e ri. Um dia chorei. Agora é a minha vez.

28 abril, 2008

http://xkcd.com/

Conheçam.

"To be wanted".

27 abril, 2008

Sim, eu sou assim.

Aqui vou eu denovo tentando demonstrar o quanto sou humano. Diminuindo o egocentrismo, vou falar de mim.
Tenho dificuldade em lidar com o passado de outrem que eu não vivi. Conheço-te hoje. Amanhã eu quererei saber o que você fez semana passada. Normal, certo? É. Neste ponto é normal. Afinal, eu quero conhecer a pessoa que "conheci" hoje e só faço isso pela memória discursiva junto com a linguagem empregada pela pessoa. Divago.
Mas e se, durante nossos encontros, nossa nova vida juntos, acontece de você sair sem mim? Eu vou entender e te dar espaço. Mas me incomoda. Muito. Já pus no blog:

"I wish that without me your heart would break,
I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake.
I wish that without me you couldn't eat,
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep."

Sim, eu sou romântico assim. Se isso for romantismo.

Eu queria estar lá. Tanto quando você está lá, quanto depois. No dia seguinte. Eu queria ter estado lá. Eu tinha que ter me divertido esse tanto. O mesmo que você se divertiu. Eu não podia ter perdido esses momentos com você. Era meu dever, como "rolo/ficante/namorado/marido/ser humano", estar ao seu lado num momento de diversão deste tamanho.
Sim, sou obsessivo assim. Se isso for obssessão.

Olhe para você. Está todo feliz. Com este sorriso resquício do prazer de ontem grudado no rosto. Quero arrancar esse sorriso daí. Como você se dá o direito de se divertir sem mim? Eu que tenho que te dar essa quantidade de prazer. Sempre. E só eu.
Sim, eu sou possessivo assim. Se isso for possessão.

O que você faria se eu te dissesse que não quero saber de como foi a noite ontem que você saiu com seus amigos? Porque estou com muito ciúmes. Do que você viveu sem mim lá. Muita inveja. Do que você hoje tem e eu continuo sem: aqueles momentos específicos da saída.
Sim, sou neurótico assim. Sei que é neurose.

Postei isso no blog.
Sou histerico assim. Por favor, olhem para mim?

E quando eu tenho esses mesmos momentos, eu me sinto ótimo! Eu fiz. Você não. E fiz primeiro. RÁ! Estou me divertindo mesmo! E nem aqui você está. Está perdendo tanto. Deve estar em sua casa, na sua cama, curtindo um som. Aquele clima gostoso. Descansando. O clima que você quer e que você construiu. Estando em casa. No seu lugar. Mas eu estou aqui, fazendo isso. E primeiro.
Sim, sou competitivo assim. E estou perdendo essa rodada.

Ignoro

Estou surpreso em como a gente aprende a ignorar. Ignorar o sentimento, a razão, o desejo, a pessoa, a aula, o crescimento, o dia, o sol, os sentidos, os sentidos. Mas não consigo ignorar a imaginação, a imagem, a ressaca.

(re) Conciliação?

She Wants Revenge - I don't wanna fall in love

"I would like to tell you, I would like to say
That I knew that this would happen
That things would go this way
But I cannot deceive you, this was never planned"

Por que alguns dias incomodam mais?
Ela, a pessoa dela, já não tem quase nada a ver com isso. Só a imagem que tenho dela. Mas eu a conheço. Eu acho. E essa imagem foi construída em cima do que conheço dela. Então, enquanto ela não mudar MUITO, eu não vou conseguir superar a relação imagem dela/ela. Logo, não vou dissociar os dois. Logo, eu não consigo começar a conhecê-la para superar o incômodo que a imagem que a reflete causa. Logo, uma reaproximação é inviável.
Sorte que a Paulinha não passa por isso.

25 abril, 2008

Conversa com café e música

Em alemão, "angst" = "medo" e para nós, numa leitura literal, é angústia. Será que em alemão existe o significado de angústia? Será que eles sentem isso, já que não é definível? Ou melhor, já que minha ignorância não consegue definir? Hoje letras se juntam. Letras no sentido da Fale. Ontem, na verdade. Passou por aqui e se foi. Estou usando minha metamemória autobiográfica. Ou acho que estou. Já não me lembro. Isso é esquisito, ou estranho, ou torto, ou "gauche", ou esquerdo, ou direito. Falando nisso, sabia que o brasileiro tem muita dificuldade com direito e esquerdo? É o jeitinho brasileiro. E eu desvirtuo as palavras, seus significados. E sentimentos avulsos se acumulam. Agora foi a liberdade. Passou. Estou preso à ela. E a memória volta a funcionar. Acordei assim. Mnemônico. "Caminhando e cantando e seguindo a" memória. Veio. Desde que eu acordei. Está na cachola. E o momento de ontem no lab também (é no "labi" mesmo, não é abreviação). Os Melhores do Mundo, a Terça Insana e o Match estavam lá. E ela. E ela. E o momento da memória muda. Ontem na cantina. Músicas. She Wants Revenge, Beatles in Choro e Cordel do Fogo Encantado. Mistureba. E o sentimento de liberdade. "Pedrinha miudinha/ pedrinha laluandaê/ lageiro tão grande/ tão grande laluandaê". E eu não sei parar.

23 abril, 2008

Ética

Saí da aula de ética com um mundo seco à minha frente.
Já há um tempo que eu penso que temos em nós um vazio existencial. Acho que desde meu primeiro ano. Só que eu não conseguia 1) lidar com ele e 2) defini-lo. Assim como a Tia Poh falou sobre a saudade. Sentimos, não conseguimos definir e ela está lá. Mas a saudade passa. A vontade passa. O amor passa (será? Acho que sim). Mas o vazio não. Ele nunca some.
A aula de ética pega o meu vazio, mistura ele com filosofia, mergulha em psicologia e tira do balde pingando de sangue. Isso dói, porra! Responda para mim, você que faz psicologia: o que é psicologia? Qual o objeto de estudo dela? Qual a diferença entre as linhas psicológicas?
Vamos às respostas. Primeiro a mais fácil, a diferença entre as linhas é muito ignóbil. Olhe num livro. Psicanálise, Análise Comportamental, Humanismo, Gestaltismo, Cognitivismo... Davidoff te explica direitinho, mas leia com cuidado senão ele te puxa junto com a sardinha.
A outra que pode ter uma resposta é a primeira. A psicologia é uma ramo do conhecimento humano sobre si mesmo e sua interação com o mundo. Sendo bastante raso, mas falando algo sobre psicologia, é isso.
Já o objeto de estudo da psicologia é.... eu não sei. Depende?, é uma boa resposta. Se vc seguir a psicanálise, o objeto é a psique humana e sua estrutura (ou isso é o método usado?). Se seguir a Análise Comportamental, é o comportamento humano (R - a resposta ao estímulo) e sua interação com o meio (S - o estímulo). Se seguir o cognitivismo, é como se dão os processos mentais que se seguem em seu cérebro/mente (há mesmo uma diferença mente/cérebro? Dualismo, ou monismo?)
No meu entender, estudante do 6o. período de psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais (espero que isso conte para algo... nem que seja para críticas), o objeto de estudo da psicologia são as dúvidas. Ou seja, seguindo a idéia de Descartes ("penso logo existo"), é a filosofia do ser (verbo) humano. Mas isso não está relacionado com o Humanismo? Então a psicologia é o humanismo? Voltei de onde saí... não sei.
E qual o propósito dessa discussão toda? Além de mostrar minhas preocupações por dever escolher uma dessas maneiras de ver o mundo, a questão que se coloca é: como eu vou ser psicólogo sem saber o que é psicologia, para que ela serve e como fazer psicologia. Desculpem. Estou, então, perguntando: de onde vim, para onde vou e o que faço aqui... Puto vazio.

22 abril, 2008

A fazeres

- monitoria (dar);
- levar óculos para arrumar (finalmente);
- desbloquear celular (mudei de operadora);
- comprar um tênis;
- ler um livro do Varela;
- ler dois textos de experimental;
- fazer dois planos de monitoria.

São uma média de 12:40h nos relógios daqui de casa. A monitoria começa às 14h e eu levo uma hora p chegar lá. Tenho que fazer tudo isso hoje. Ainda bem que vou de ônibus...

Estou comendo miojo, por causa do tempo, lembrando da minha subvida lá na Flórida, ouvindo techno, escrevendo um post, no notebook.
Programa solitário que até dói.

17 abril, 2008

Não quero escrever

Laboratório.
Leituras a fazer.
Dezenove textos.
Toda a carga teórica de três diciplinas.
Paciência nenhuma.

Memória voa.
Sai de mim e volta no tempo.
Óbvio.
Foi para ontem.
De 15h às 20:30h.

Passou por um cabelo vermelho,
voou por um toque azul,
parou em olhos verdes.
Parei.

E sem mim aqui,
quem se responsabiliza pelo
estudo?
ess tudo?
iss tudo?
isso tudo?

eu, né!?

16 abril, 2008

Eu vou, eu vou...

Escrevo sim, estou lendo. Tem gente que não escreve e está se fudendo...
Mas ela escreve. Sempre. Então que o mundo exploda.

É engraçado ver uma declaração para você na internet. Principalmente quando vc acha que é para você, mas na verdade não é... espero que seja. Mas é. Eu sei.

12 abril, 2008

Beleza Americana, ou um suicídio por enforcamento.

Há tempos que quero escrever sobre esse filme, mas a oportunidade não apareceu. Até agora.
Minha vida está uma bosta. Voltei dos EUA e até hoje não consegui readaptar à ela. E acho que não vou conseguir nunca. Veja bem, Heráclito me acompanha. Aquela vida já não existe, aquele eu já não existe... Então, de acordo com a teoria da improbabilidade infinita, tudo deveria se encaixar, certo? Afinal (-)*(-)=(+). Fora isso, ou seja, mais um (-), ela me deixou no terceiro dia de retorno. E por mais que eu saiba que isso é dor de corno (ou orgulho ferido, como preferirem), vou falar: e eu ainda lhe dei um Ipod... Poderia ter ficado com ele até estabilizar a situação, mas não! Eu tinha que ser correto! Tinha que ter dado o presente deixando claro que "não importa se vamos ficar juntos, ou não. Eu comprei isso para você!".... Burro!! E irônico.
Estou aproveitando o estado alcoólico para passar pela verborréia. Sei que corro o risco de ela ler, mas não me importo. Não agora. Só não sei se é pelo álcool, ou pela determinação após o filme... Ah, é! O filme.
Bom, já ouvi críticas a este respeito e nunca as aceitei. Entendo que dizem que é só mais um filme burguês/norte- americano/culturalmente dominador, que é fictício, um clichê encoberto... que se danem!! Me gusta mucho la película. O caminho do Lester Burnam (?) é fenomenal, ou como ele mesmo diz, "SPECTACULAR"! Acho que foi por isso que foi excepcional vê-lo hoje. Por isso e pq eu disse a ela que "não quero a sua amizade" (Putz! Que idéia fixa! Estamos no filme! Mas é necessário entender algumas coisas no caminho... então continuo). Isso ocorreu após eu ter recebido um bilhete dizendo que ela havia sonhado "a noite inteira comigo", que não sabia sobre o que, mas sonhou.
Pensei um tanto sobre o bilhete para não tomar a decisão de cabeça quente, mas parece que quanto mais se matuta, mais a tète se acalienta. Sei que tomei a difícil decisão de não aceitar ser um mantedor dessa situação. Eu já sou bem grandinho para saber quando estão brincando comigo. Mesmo que não saibam que estão (essa foi a minha parte que acredita incondicionalmente nas pessoas), ou seja, mesmo quando são ignorantes (essa foi a parte criança que precisa dizer e precisar as palavras pesadas), eu ainda sei quando o momento chega. Qual momento? O momento que tentam me cozinhar em banho-maria, o que tentam "manter-gado" comigo, o que tentam me usar para massagear o próprio ego. Não interessa como quer chamar, o que não cabe mais é brincar comigo como eu já brinquei com outras pessoas. Sim, admito, eu já fiz isso. Quem não fez? Eu fiz e aprendi muito! Principalmente como identificar uma situação dessas. E agora vem você tentar esse truque velho comigo? Logo COMIGO? Pena que eu não entrei na jogada. Agora você não tem nem minha amizade... mesmo que aquela falsa que tentávamos construir.
Bom, ou mal, ou mau, sim, mau! Bom, o filme consegue construir em mim, por todos os seus efeitos cinematográficos (a cena do namoradinho filmando um pássaro morto, quando a câmera o pega na visão do pássaro, ele e o céu; ou a da porta vermelha na chuva; ou ainda a música dos momentos tesudos; ou quem sabe a fotografia dos últimos pensamentos), a vitória do Kevin Spacey sobre sua própria vida morta. O sair da rotina, o tentar de NOVO, a desconstrução da apatia, a saída daquele estado social vegetativo cíclico. Isso não te enche de energia? Pois me enche.
E é essa que eu vou usar para quando você vier me pedir de volta. É essa que eu estou usando para seguir em frente. É essa que eu estou deslocando para novos objetivos. Novas pessoas. Novos cabelos vermelhos.

Pois é... entornou.

Escrevo (?)

Eu escrevo, tu escreves, ele escreve. Nós escrevemos, vós escreveis, eles lêem.
Legal, ainda sei conjugar a força das palavras.

Tenho estado muito estressado. Tenho muita leitura a fazer, mas a vontade de escrever sobre uma coisa específica me impede. Acabo empurrando a necessidade com a desculpa de me distrair. Algumas virtualidades têm me ajudado bastante a não enlouquecer. Como a Tia Pó, o Porco, os Malvados.
Obviamente, como dá p ver no resto do blog, as músicas também me ajudam a me atrapalhar. Uma hora terei que enfrentar isso aqui no blog, mas por enquanto, fico com o Dahmer.

11 abril, 2008

Parafraseando

"Eu me preocupo com coisas bobas. Passei tanto tempo pensando em algo que nem merecia ser incomodado. As coisas simplesmente são o que são. E se algo se torna algo que não deveria, um dia ela se entorna."

"A novidade não me moveu. Cutucou... mas eu sou mais eu!"

"Acho que me desiludi depois de enxergar a inutilidade que é a minha preocupação."

Mensagem para você:
Eu pensei em alma-gêmea, mas falei irmã... Acho que a presença do "Chips" me deixou retraído.

09 abril, 2008

Essa afoga.

Como podem perceber, estou cheio de músicas.
Contrária à música abaixo, essa não ajuda muito... Na verdade não ajuda nada! Só traz o prazer do sofrimento para bem perto.

Kate Nash - Nicest Thing (youtube)

All I know is that you're so nice,
You're the nicest thing I've seen.
I wish that we could give it a go,
See if we could be something.

I wish I was your favourite girl,
I wish though I was the reason you are in the world.
I wish my smile was your favourite kind of smile,
I wish the way that I dress was your favourite kind of style.

I wish you couldn't figure me out,
But you do always wanna know what I was about.
I wish you'd hold my hand when I was upset,
I wish you'd never forget the look on my face when we first met.

I wish you had a favourite beauty spot that you loved secretly,
'Cos it was on a hidden bit that nobody else could see.
Basically, I wish that you loved me.
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three.

I wish that without me your heart would break,
I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake.
I wish that without me you couldn't eat,
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep.

Look, all i know is that you're the nicest thing I've ever seen
And I wish that we could see if we could be something.
Yeah, I wish we could see if we could be something.

Essa salva.

Essa é para aqueles dias em que se pensa errado e não se consegue sair.
Escute essa música, saia do vicio de pensamento e siga.

Kate Nash - Dickhead (youtube)

Why you're being a dickhead for?
Stop being a dickhead
Why you're being a dickhead for?
your just fucking up situations
(x2)

Shiny floor, slippery feet
lights are dim my eyes cant meet
the reflection now turns my images upside down so i can't see

think you know everything
you realy dont know nothing
i wish that you were more inteligent so you could see that what you doing is so shitty to me

35 people couldnt count on 2 hands
the amount of times you made me stop,
stop and think what your being such a dickhead for

stop being a dickhead
Why you're being a dickhead for?
your just fucking up situations
Why you're being a dickhead for?
Stop being a dickhead
Why you're being a dickhead for?
your just fucking up situations

Stop. Now dont shout just have a think before you
will you stop now dont shout just have a think before you
will you stop now dont shout just have a think before you
will you stop it shout just have a think before you

my brain and my bones dont want to take this anymore
no my brain and my bones dont want to take this anymore
no my brain and my bones dont want to take this anymore
no my brain and my bones dont want to take this anymore

So why you're being a dickhead for?
Stop being a dickhead
Why you're being a dickhead for?
your just fucking up situations
(x2)

07 abril, 2008

Me divirto

Músicas. Elas fazem parte dos meus dias.
Todos.

Cantinho - Ana Carolina (youtube)

Me levou pra um cantinho
E disse "morde"
Quando dei por mim pensei: "que sorte"
Disse tudo bem
Tudo é natural
Olhou bem nos meus olhos,
Chupou meu pau
E eu falei: "por que a gente não se esquece?"
Devia ser assim,mas nao acontece
Me ensinou a rezar uma outra prece
Ahhh, quem dera se o dinheiro desse
Prefiro sempre sempre correr o risco
Grana eu nao tenho não
Mas me divirto

06 abril, 2008

muda

"Engraçado como a vida muda muda.
Ela veio. Nós viemos, na verdade. Ela sempre está indo. Calada. E nós sendo carregados. Tentando acompanhar. Ela indo. E um dia, ela muda, muda. E nós tropeçamos.
Eu catei cavaco, de tão feio que foi. Mas estou aqui. Tenho coisas a dizer. Não vou deixar ela ganhar tão facilmente assim. Não agora. Ela vai sair perdendo. Já está. Sofra."

Eis que com esta nota enigmática, volto a escrever. Verei aonde vou durante o caminho.

Só sintam.

Medievalmente deprimente.
Assim como o sentimento das próximas duas frases:

She left me.

Shit.


The Pierces - Three Wishes (youtube)

We'd be so less fragile
If we're made from metal
And our hearts from iron
And our minds from steel
And if we built an armor
For our tender bodies
Could we love each other
Would we stop to feel

And you want three wishes:
One to fly the heavens
One to swim like fishes
And then one you're saving for a rainy day
If your lover ever takes her love away

You say you want to know her like a lover
And undo her damage, she'll be new again
Soon you'll find that if you try to save her
It will lose her anger
You will never win

And you only want three wishes:
You want never bitter
And all delicious
And then one you're saving for a rainy day
If your lover ever takes her love away

You only want three wishes:
One to fly the heavens
One to swim like fishes
You want never bitter
And all delicious
And a clean conscience
And all it's blisses
You want one true lover with a thousand kisses
You want soft and gentle and never vicious
And then one you're saving for a rainy day
If your lover ever takes her love away